quinta-feira, 26 de julho de 2007

Uma taça para cada perfume

Os Riedel trabalham com vidro há mais de 300 anos. Uma linha do tempo que passa por onze gerações, a começar de Johann Christoph Riedel, nascido na então Bohemia, em1678, negociante que cruzava a Europa com luxuosas e delicadas mercadorias. Os Riedel de hoje estão presentes nas boas mesas do mundo inteiro, com seus copos especialmente desenhados e fabricados para a aventura de cada tipo de bebida. Uma revolução que começou nos anos 50, seguindo um princípio da sofisticada Bauhaus: o conteúdo determina a forma. Claus Riedel foi o primeiro a criar modelos específicos de copo para vinhos. Foi pioneiro também ao "enxugar" os desenhos: as taças passaram a ser cristalinas, janelas para a cor. As "embocaduras" ganharam a medida e forma necessárias tanto para o desenvolvimento como para o aprisionamento dos aromas. Passaram a ser "um instrumento para a mensagem" de cada vinho. Pesquisas científicas mostram que a relação entre forma, bouquet e paladar não é obra de ficção. Os vinhos agradecem aos bons copos. A família Riedel fez fortuna com a Guerra dos Sete Anos (1756-1763). No início do conflito, produzia vidros de reposição para boa parte das janelas destruídas nos combates. Passaram também bons bocados com as confusões políticas da região. Em 1918, quando a Bohemia passou a integrar a República Tcheca, Walter Riedel tornou-se cidadão tcheco. Em 1938, com a ocupação nazista, os Riedel tiveram de deixar de lado os luxuosos frascos de perfumes para atender à demanda da guerra. Chegou a ser preso na Rússia de Stálin e, em 1945, viu os bens de sua família serem confiscados pelo governo tcheco. Os Riedel começaram a reconstruir a vida em 1956, na Áustria, graças ao acolhimento da brilhante família Swarovski.

http://www.riedel.com/

DC 27/1/2006

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