terça-feira, 31 de julho de 2007

A pérgula de San Michele

O vinho de Capri era regra na mesa do velho imperador romano Tibério, que fez da ilha um refúgio. Na defesa do vinho local o soberano acabava desancando o mediocre aceto de Sorrento. Mas era bebida rústica, dessas que não fazem feio com a massa numa simples tratoria. Gennaro Arcucci, médico lotado em Capri durante a breve Repubblica Partenopea (1799), foi o primeiro produtor comercial da ilha. Ele criou Le Lacrime di Tiberio, uma provocação laica ao Lacryma Christi, conta Luciano Pignataro, do site Il Portale. Nova onda só se deu em 1909, com a fundação da Cantina Isola di Capri, no centro da vila de Anacapri, hoje rebatizada de Vinicola Tiberio. Axel Munthe, médico sueco que morou em Anacapri entre 1896 e 1910, conheceu os agricultores desse pedaço de chão e deles traçou pungentes retratos no best-seller A História de San Michele. Pequenos vinhedos estão hoje plantados em não mais do que 200 hectares, 80% com cepas para vinhos brancos (Falanghina, Greco e Biancolella). A oficialiazação da Doc Capri, em 1977, estimulou os vitivinicultores locais. Munthe construiu sua casa em Anacapri, a 327 metros do nível do mar, no local onde existiu uma villa de Tibério. Mármores e achados arqueológicos (roba de Timberio, como diziam os nativos) foram incorporados ao projeto. A pérgula da Villa San Michele é tomada por parreiras, de onde é possível apreciar o mar azul e a abundante luz mediterrânea.


http://www.sanmichele.org/indexEN.html

6">http://www.vinocampania.it/Servizi/vinodelmese.asp?idItem>6

DC 8/6/2007

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