quinta-feira, 26 de julho de 2007

250 anos de Porto demarcado

Dois grandes terremotos marcaram a trajetória política de Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782), o marquês de Pombal. Não passava de 9h45 de 1 de novembro de 1755 quando Lisboa tremeu e um incêndio devastador arrasou a cidade. Um ano depois, 1756, Pombal enfrentava outro sismo, na região do Porto. Uma crise comercial pôs fogo nas cordiais relações entre os produtores de vinho e seus maiores compradores, os ingleses. Estes passaram a brecar as importações, acusando os portugueses até de fraudarem a bebida. As ações de Pombal para reconstruir a capital foram ágeis, imprimindo os elegantes traços que a marcam até hoje. Foram eficientes também as medidas para garantir a qualidade do vinho do Porto, entre elas a demarcação das "xistosas" terras ao longo do Rio Douro e a proibição de qualquer tipo de mistura com vinhos de outras regiões. Essa que é uma das mais antigas áreas vinícolas demarcadas do mundo completa 250 anos neste 2006 e Portugal começa a preparar a festa. Após o decreto real de 10 de setembro daquele 1756, quando foi fundada a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, Pombal determinou a instalação de 335 marcos de granito, que passaram a delimitar os montes de onde sai o autêntico vinho do Porto. Em ano de comemorações, as degustações sempre fartas nas caves de Vila Nova de Gaia deverão ser ainda mais "encorpadas". E quem sabe não inclua um espetáculo à parte, como visitas a "lagares" ainda em funcionamento, onde grupos de homens esmagam uvas com os pés.

http://www.ivp.pt/index.asp

http://www.cavesvinhodoporto.com/

1047">http://www.vinhos.online.pt/db/dnf.asp?id>1047

DC 20/1/2006

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