segunda-feira, 30 de julho de 2007

O fã-clube da Petite Sirah

Eles são exageradamente apaixonados pela causa: querem elevar a Petite Sirah (nessa grafia mesmo!) ao que consideram seu verdadeiro patamar, o de autêntica variedade americana. São produtores e fãs dessa uva, que desembarcou na Califórnia pouco depois de criada no sul da França, em 1880, e é uma variedade resistente. Venceu a devastadora Phylloxera e sobreviveu a guerras, à Lei Seca e à Depressão nos EUA. A Vinícola Foppiano, em Healdsburg, sediou na terça-feira o quinto simpósio anual da Petite Sirah. Há vários anos produtores investem na qualidade de seus vinhos e há cinco fazem campanha pelo reconhecimento da variedade, empunhando a bandeira P.S. I Love You. Hoje têm motivos para comemorar: até julho, a lista de produtores tinha 332 nomes (67 em 2002), relação que inclui argentinos e brasileiros. Já a área plantada saltou cerca de 10% de 2004 para 2005, chegando a quase 2.500 ha. Petite Sirah é o nome californiano da uva Durif, batizada pelo seu criador, o botânico François Durif. Há cerca de dez anos, testes de DNA feitos na Universidade da Califórnia – Davis mostraram que a Durif (a Petite Sirah) nasceu do cruzamento das francesas Peloursin e Syrah. Há quem diga que as frutas sentem-se mais em casa nas quenturas californianas, onde alcançam altos níveis de açúcar. E, após a fermentação, tornam-se vinhos de alto teor alcoólico (que merecem ser domados na garrafa), encorpados, de muitos taninos, que pintam os dentes de roxo.

http://www.psiloveyou.org/faq.php

http://www.winepros.org/wine101/grape_profiles/petite.htm

DC 11/8/2006

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