segunda-feira, 30 de julho de 2007

Toda a leveza da cortiça

Micrométricas almofadas pentagonais (ou hexagonais) recheadas com uma mistura de gases. A estrutura celular da cortiça foi observada pela primeira vez pelo cientista inglês Robert Hooke, nos caminhos abertos com a invenção do microscópio óptico (1660). Hoje, a série de características da cortiça está na ponta da língua daqueles que defendem o uso da rolha natural no tamponamento das garrafas de vinho. Em cada centímetro cúbico de cortiça são cerca de 40 milhões de células que formam uma estrutura alveolar fascinante, que lembra a de uma colméia. Cada um dos prismas da rede tem cerca de 45 micrômetros (ou 0,045 milímetros) de altura. Essa arquitetura é responsável pela leveza e pelo alto grau de compressibilidade das rolhas. Já a impermeabilidade fica por conta da suberina, sustância lipídica que reveste as paredes das células e impede a passagem de líquidos e gases. A suberina é o principal componente da cortiça (45%). No tiroteio contra as rolhas sintéticas, entretanto, estão sendo cada vez mais usados conceitos politicamente corretos. Afinal, as rolhas naturais são recicláveis e biodegradáveis. A vinícola espanhola Viña Araújo não esconde o jogo: faz questão de explicitar no gargalo de seu Albariño 2005 que sua garrafa é selada com rolha de cortiça. A tese agora é a de que essa informação passou a ser indispensável para o consumidor.

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http://www.corkmasters.com

DC 4/8/2006

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