terça-feira, 31 de julho de 2007

De ânfora e Nabucodonosor

O desenho ao lado é de uma ânfora romana que circulou nas rotas do vinho a partir de 130 a. C.. Sua capacidade era para 48 sextarii, medida equivalente a 25,9 litros. Durante cerca de um século, serviu para certa organização no comércio do vinho, como anota o pesquisador Stuart J.Fleming, em Vinum, The Story of Roman Wine (Art Flair/USA). Era uma ânfora popular, como se fosse a nossa boa garrafa de 750 ml. A guarda do vinho nesses potes de terracota era comum na Mesopotâmia. Os egípcios os usavam de maneira organizada nas adegas dos faraós. Gregos e romanos transportavam as suas ânforas em rentáveis destinos comerciais, cheias de azeite de oliva e vinho. Com a invenção do vidro soprado, os romanos deram transparência ao vinho, mas a precariedade da manufatura em série das garrafas levava dúvidas aos consumidores. Para não pagar gato por lebre, os compradores levavam suas próprias medidas, que eram completadas. No século XVII, com o desenvolvimento das garrafas de vidro e o arrolhamento, o vinho passou a viajar e a ser guardado com mais segurança. Em 1979, sob pressão dos Estados Unidos, a garrafa padrão passou a ser a de 750 ml. Até mesmo viticultores da Borgonha e da Champagne, acostumados com a garrafa de 800 ml, e os de Beaujolais, que tinham a sua de 500 ml, partiram para certa padronização. As garrafas maiores existem há mais de três séculos, como a Jeroboam (3 litros), criada em Bordeaux. Muitas delas são usadas para ocasiões especiais, como a Nabucodonosor (15 litros). Já a Magnum (1,5 litros), mais popular, volta a freqüentar com destaque os catálogos das importadoras.


http://en.wikipedia.org/wiki/Wine_bottle_nomenclature

http://www.cellarnotes.net/wine_bottle_sizes.htm

DC 15/6/2007

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