segunda-feira, 30 de julho de 2007

Paixões de Thomas Jefferson

O dia 28 de fevereiro amanheceu com chuva e neve na Paris de 1787. Desafios extras para certa carruagem, puxada por três cavalos, ao iniciar viagem com destino aos mais famosos vinhedos do mundo, entre eles os do coração da Borgonha, na Côte d'Or. O passageiro era Thomas Jefferson, autor da Declaração da Independência dos Estados Unidos (1776) e que viria a ser o 3º presidente do país (1801-1809). Na valise, um indefectível saca-rolhas. Detalhes da temporada de Jefferson em Paris como ministro plenipotenciário, dos bons garfos e interlocutores na farta mesa da residência em Champs-Elysées e das visitas que fez a vinhedos europeus estão em Passions - The Wines and Travels of Thomas Jefferson (Bacus Press/Baltimore, 1995), de James M. Gabler. Na primeira parada, Auxerre, elogio ao "generoso" Clos de la Chainette. Na lista de preferidos, entretanto, renomados Borgonhas, degustados in loco: Chambertin (grand cru), Vougeot e Vosne. Jefferson também esteve em Bordeaux, Vale do Rhône, Champagne, Provence e Languedoc. E conheceu propriedades na Itália e na Alemanha. Tantas foram as paixões cultivadas por ele que é considerado uma espécie de Leonardo da Vinci da América. Tinha como temas de interesse o direito, a liberdade e a democracia. E ao lado das tarefas políticas, cortejava a música e a arquitetura (ele mesmo projetou seu casarão em Monticello, na Virginia, cercado de parreiras). Fã de finos Sauternes, foi um dos grandes conhecedores de vinhos de seu tempo. E wine adviser de vários presidentes dos Estados Unidos.

http://www.thomasjefferson.net/wineconnoisseur.html

http://www.presidentsusa.net/jefferson.htmlv

DC 28/7/2006

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