segunda-feira, 30 de julho de 2007

Camurças australianas

Nasceu há alguns anos na Austrália um vocabulário específico para retratar as sensações provocadas pelo vinho tinto ao passear pela boca – um guia para viagens ao universo das texturas. Richard Gawel, diretor do Roseworthy Wine Tasting Programs, é um dos criadores da "Mouth-feel Wheel", tabela que organiza os termos que descrevem a adstringência da bebida. Gawel não nega a inspiração no modelo de Ann Noble, da Universidade da California (Davis), autora do best-seller Roda dos Aromas. Degustadores profissionais, alguns do Australian Wine Research Institute, provaram uma série de vinhos tintos e suas impressões foram então tabuladas. O vinho, ao pincelar a língua, pode sugerir contato com camurça, cetim, veludo, barro... Ou irritá-la como uma ferroada, entorpecê-la com sua secura. A Roda de Gawel fala em vinho cremoso, duro, untuoso, viscoso, resinoso... Vitivinicultores australianos investem pesado em pesquisa. Há 50 anos, foram pioneiros ao controlar temperatura e pressão para "reter na plenitude" aromas e sabores durante a vinificação. Inovaram com a colheita noturna e métodos de irrigação. Nos anos 80, seus Chardonnay abriram as portas globais. Hoje os frutados varietais, especialmente o Shiraz, estão em mais de cem países. A Austrália está na lista dos quatro maiores exportadores de vinho. Vende também os "flying winemakers", enólogos da alta tecnologia que andam pelo mundo receitando processos de vinificação.

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http://www.awri.com.auhttp://www.winearomawheel.com/

DC 2/6/2006

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