quinta-feira, 26 de julho de 2007

Os jarros de Hajji Firuz

O aprimoramento dos métodos de análise química tem possibilitado a "reabertura" de várias pesquisas arqueológicas, a partir de peças então "estocadas" em universidades e museus. É o caso do conjunto de seis jarros descobertos em 1968 pela pesquisadora Mary Voigt, reponsável pelas escavações de uma grande "cozinha" neolítica (5.400-5.000 a.C.) em Hajji Firuz, norte das montanhas Zagros, no atual Irã. Os resíduos amarelados nos fragmentos de um desses potes já intrigavam Mary na época da descoberta. Pareciam acumulações de leite ou iogurte. Os testes disponíveis, entretanto, não confirmaram a hipótese. A idéia de "reabrir" o caso, 25 anos depois, foi do cientista Patrick E. McGovern, que nas últimas décadas tem feito do seu laboratório na Universidade da Pennsylvania um posto avançado dessa Nova Arqueologia Molecular e dos esforços para construir uma história abrangente da cultura do vinho. McGovern é pesquisador sênior do Museu de Ciências Aplicadas em Arqueologia da universidade americana. Ali, passou a analisar os resíduos que impregnaram a cerâmica neolítica. Um dos processos usados foi o de cromatografia (onde moléculas podem ser separadas). E os componentes químicos foram aparecendo. Aquele jarro de 9 litros amarzenara vinho, sim, mais de 7 mil anos atrás. Detalhes técnicos desta e outras descobertas são relatadas no livro Ancient Wine - The Search for The Origins of Viniculture, editado pela Universidade de Princeton.

http://www.sas.upenn.edu/~mcgovern/

http://pup.princeton.edu/titles/7591.html/

DC 3/3/2006

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