segunda-feira, 30 de julho de 2007

Adegas submarinas

Um pequeno robô, dotado de câmaras digitais e sonar de alta resolução, é nova arma dos arqueólogos que se lançam aos oceanos atrás de navios naufragados. O SeaBED foi desenvolvido por pesquisadores do Woods Hole Oceanographic Institution e usado para mapear um navio que afundou entre as ilhas de Quios e Oinoussia, no mar Egeu, há mais de 2.300 anos. A partir de 2005, o robô passou a fornecer para cientistas gregos e americanos o que hoje são mais de 7.500 imagens da embarcação grega, encalhada há 60 m de profundidade, onde uma exploração convencional seria impraticável. O navio de madeira carregava centenas de ânforas de vinho e de óleo de oliva, originárias de Quios e Samos. Estudos sobre essa "adega submarina", encontrada entre peixes coloridos e esponjas, ajudam a detalhar antigas rotas comerciais e nomear seus principais protagonistas. Atenas era o maior mercado para os vinhos de Quios, que alcançavam Chipre e Criméia. As ânforas indicam que Quios continuou a comercializar seu vinho no séc. IV a.C., mesmo após a Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.) e o declínio do império ateniense. A precisão dos volumes medidos pelo robô em Quios vai contribuir para o redimensionamento histórico do comércio na região. E tem peso igual ao das importantes descobertas em La Madrague de Giens, Sul da França. Ali um navio afundou em 60 a.C. com nada menos do que 7 mil ânforas de vinho que levava de Pompéia para Marselha.

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www.culture.gouv.fr/culture/archeosm/archeosom/en/madra-s.htm

DC 16/6/2006

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