segunda-feira, 30 de julho de 2007

'Guggenheim' rural

No país das pequenas tavernas de vinho (heurigen), de atmosfera descontraída e caseira, consolida-se um espaço pós-moderno grandioso dedicado ao vinho. As tavernas são braços comerciais dos 30 mil vitivinicultores austríacos, que plantam nas ribanceiras de seus quintais, em menos de um hectare cada um. Já o Loisium, que saiu das pranchetas do arquiteto novaiorquino Steven Holl, tem a missão de contar a história de toda essa produção. O prédio de Holl foi parar ao lado de parreiras da pacata Langenlois (nada muito além de 7 mil habitantes e talvez 7 mil bicicletas), na maior região vinícola da Áustria, a Baixa Áustria, a 64 quilômetros de Viena. A Baixa Áustria foi assim batizada por agregar os vinhedos da parte mais baixa do rio Danúbio, ao longo da fronteira com a Eslováquia. O grande cubo de aço escovado, provocativo como o "primo" famoso (o Museu Guggenheim que tanto furor causa em Bilbao, Espanha), é uma atração arquitetônica que abriga uma completa vinoteca regional. É também a porta de entrada de um labirinto de caves subterrâneas, adaptadas para formar um circuito cultural e artístico da história da fabricação do vinho. A idéia do Loisium é de três famílias de produtores, donos das caves de mais de 900 anos, agora interligadas. Com investimento de 10 milhões de euros, o Loisium propaga com tecnologia o valor dos tradicionais vinhos brancos e secos (trocken) da Áustria, que têm na uva Grüner Veltliner eficiente diferencial.

http://www.loisium.at

http://www.winesfromaustria.com

DC 31/3/2006

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