segunda-feira, 30 de julho de 2007

Um kylix ao deus do vinho

Um deus do vinho vitorioso venceu também o tempo, gravado no interior de um kylix– a rasa taça de cerâmica, de duas alças, usada pelos gregos no seu dia-a-dia, hoje na coleção do Museum Antiker Kleinkunst de Munique, Alemanha. Assinado pelo oleiro Exekias (c. 540 a.C.), o vaso mostra Dionísio, filho de Zeus e da mortal Semele, reclinado no seu barco, depois de façanhas para afirmar seu poder diante de assanhados piratas: fez uma videira brotar do mastro da embarcação e transformou marinheiros em golfinhos. Deus do vinho, mas também da fertilidade, das transgressões, do êxtase, Dionísio era cultuado em festivais religiosos no Monte Parnaso, com céleres bacantes e rios de mel, leite e vinho. A imagem do kylix, queimada nos fornos de Kerameikós, o bairro dos oleiros atenienses, ilustra o hino homérico a Dionísio, uma das litânias remanescentes da Escola Épica. Vale comparar a descrição de Dionísio feita por Eurípides, n'As Bacantes, com a do hino homérico, que ganhou esse adjetivo antes de tudo pelo estilo e forma. O trecho do 'Hino a Dionísio' abaixo faz parte de Hinos Homéricos, traduzidos pelo helenista Jair Gramacho e editados pela UnB, em 2003. (...) Mas logo surgiram prodígios.../Vinho doce e odorante, primeiro, jorrava da nave/E fluía fragrante e sonoro exalando um perfume/Imortal! Grande horror assaltou os marujos ao verem./De repente, no topo do mastro alastrou-se uma vinha/Carregada de cachos, crescendo por todos os lados
(...)

http://web.uvic.ca/grs/bowman/myth/gods/dionysos_t.html

http://academic.reed.edu/humanities/110Tech/Bacchants.html

http://www.britannica.com/eb/article-9037929

http://www.glbtq.com/arts/subjects_dionysus.html

http://ancienthistory.about.com/library/bl/bl_myth_gods_grecoroman_dionysus.htm

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