terça-feira, 1 de maio de 2012

O vinho dos chefs

A rotina dos chefs nas cozinhas e adegas incorpora um sem número de exercícios de harmonização entre bebidas e pratos que entram em cena nas mesas de seus restaurantes. Por serem referenciais, essas dicas de quem está com a mão na massa são garimpadas no mundo inteiro. A bela fotógrafa Melanie Dunea, que vive em NY, acaba de lançar seu segundo livro sobre o assunto, My Last Supper – The Next Course (Rodale/2011), no qual pérolas de harmonização são apresentadas com expressivos portraits de cada chef. A pesquisa de Melanie começa com a pergunta básica: "Como seria sua última ceia na Terra?" O brasileiro Alex Atala, com tatuagens à mostra, faz uma sintética ode ao arroz com feijão – o "vício brasileiro". E diz que uma cachaça aromatizada com frutas e ervas da Amazônia acompanharia sua última refeição. Heston Blumenthal, do Fat Duck inglês, não dispensaria um roast beef com um Château-du-Pape, Domaine Beaucastel 1990. Paul Bocuse, à frente de uma série de restaurantes em Lyon, França, entre eles o Auberge du Pont de Collonges, escolheu o tradicional pot-au-feu como última refeição, acompanhado de pão rústico com linguiças de Lyon. Na taça, um cru de Saint-Amour, da safra mais recente, ou um Beaujolais, na clássica combinação: pratos da terra com os vinhos da terra. DC 9/dez/2011

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