terça-feira, 1 de maio de 2012

Moska, de Moschofilero

Os americanos gostam de simplificar o nome das uvas e de seus vinhos. O Cabernet Sauvignon virou Cab. O Zinfandel ganhou o carinhoso apelido de Zin. Pois agora o celebrado escritor Mark Oldman resolveu publicar no seu mais novo livro (Oldman's Brave New World of Wine/WWW Norton/2010) uma espécie de carta aberta aos vinicultores gregos para que simplifiquem o nome de seu apreciado Moschofilero para Moska, a fim de facilitar a vida do consumidor americano e garantir sua popularidade no país. Mark Oldman lembra que a austríaca Grüner-Veltiner, difícil de pronunciar, é muitas vezes nas lojas abreviada para Grüner, assim como a Gewürztraminer é condensada em Gewürz. Não bastasse isso, o escritor sugere que ao lado de Moska, apareça a inscrição "resin free", para indicar que esse vinho não tem nada a ver com a retsina ou os vinhos feitos na época de Homero! Coisa de americano. A Moschofilero que ganhou o gosto dos apreciadores de vinho no mundo todo – é comparada à uva Pinot Grigio, mas ainda mais aromática – é plantada no Peloponeso, sul da Grécia, mais exatamente nas colinas de Mantinia. A vinícola Boutari, há 130 anos em operação, é responsável pela reabilitação do vinho grego na última década, incluindo a inclusão da Moschofilero – ou Moska, como quer Oldman – no mercado internacional. Resta saber o que o autor americano pretende para a uva do vinho "The Unpronounceable Grape", da moderna vinícola húngara Hilltop Nesmély. A cepa, cruzamento da local Irsai Olivér com a Gewürztraminer, foi batizada de Cserszegi Füszeres ! DC 20/jan/2012

Nenhum comentário: