segunda-feira, 20 de abril de 2009

Um jantar no Hôtel Langeac

Thomas Jefferson e Benjamin Franklin convidaram Jack Osborne, professor de história americana do século XVIII, para jantar em Paris. Um encontro realizado no Hôtel de Langeac, residência de Jefferson durante sua temporada francesa. Não bastasse a deferência, os Pais da Nação americana ainda franquearam a adega. Osborne não só escolheu o vinho para o brinde inicial, como as soberbas garrafas de todo o jantar. Na primeira taça, champagne Monsieur Dorsey, safra 1783, de Ay, "melhor do que a servida aos reis pelos monges beneditinos de Hautvillers", na opinião de Jefferson. Ostras da Normandia com Meursault, Goutte d'Or; Montrachet para o macaroni com parmesão e anchovas; o Beef à la Mode com Haut Brion e Château Margaux, vintages 1784. E a torta de sorvete com Château d'Yquem. "Nosso convidado tem um gosto impecável!", sorriu Franklin para Jefferson. Este ficou surpreso com o conhecimento de Osborne sobre os vinhos de sua preferência. O professor explicou a Jefferson que um livro recentemente publicado nos EUA revelou a lista de vinhos completa das garrafas compradas, degustadas e guardadas na sua adega de Monticello. Essa ficção cheia de anacronismos é obra de James Gabler, que utiliza fatos históricos e considerações documentadas para compor A Evening with Franklin and Thomas Jefferson – Dinner, Wine, and Conversation( Bacchus Press/ 2006), livro lançado em 2006 por ocasião do 300º aniversário de nascimento de Franklin. Até sobre os atentados terroristas às torres gêmeas do WTC eles conversaram. Jefferson chega a comparar esses ataques aos sofridos pelas tripulações de navios americanos no Mediterrâneo, comandados por piratas muçulmanos.

www.thomasjefferson.net.

DC/julho/2008

Nenhum comentário: