segunda-feira, 20 de abril de 2009

Bramaterra no Bastian Contrario

O restaurante Bastian Contrario, numa das estradinhas da colina de Turim, a que leva a Moncalieri, é conhecido como “Il Re degli antipasti”. São 69 travessas e caçarolas contadas na bancada, como num museu vivo de sabores. Mais do que uma competição de antepastos, entretanto, trata-se da defesa intransigente da tradição piemontesa das entradas, preparadas ao rigor de receitas seculares. O Bastian é slow food desde que nasceu: mesa reservada é mesa para uma noite inteira de delícias, sem pressa, combinadas com os vinhos do Piemonte. Tanto os espumantes de Asti, que amaciam o ancestral calze di seta (fígado de porco com “meias” de gelatina), como os tintos jovens e rústicos que caem bem tanto com o talharim ao tartufo como com o gnochetti ao molho de tomate e manjericão, ou ainda o stracotto d’asino e mesmo polenta acompanhada com geléia de mirtilo. Um dos tintos de predileção no Bastian Contrario é o Bramaterra, produzido em sete cidadezinhas (Masserano, Brusnengo, Curino, Sostegno, Villa del Bosco, Lozzolo e Roasio) perdidas nas províncias de Biella e de Vercelli. O Bramaterra que é DOC desde 1979 carrega traços do mesmo vinho produzido na região no final do século XI, conhecido como Vino di Masserano. É hoje uma mistura de uvas Nebbiolo (de 50% a 70%), Croatina, Vespolina e Bonarda. O produtor Barboni Lodovico, que alimenta o Bastian Contrario, mantém suas videiras em 4 hectares, paixão e teimosia em terra qualificadíssima para a produção de arroz. A Azienda Agricola La Ronda fica em Roasio, Vercelli. Além do Bramaterra, Ludovico faz o Coste della Sesia e o mais recente La Brenta.

www.ristorantebastiancontrario.it
http://www.terradeivini.net/

DC de fevereiro de 2009

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