segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Vintages de papel

Baltimore, Maryland, nos Estados Unidos, gerou dois nomes importantes do mundo do vinho. O mais famoso e polêmico deles é o crítico Robert Parker Jr., que dispensa apresentações. Mais respeitado do que influente é o escritor James Gabler, um bem-sucedido advogado que nos seus momentos de folga passou não só a colecionar boas garrafas em sua adega, mas a pesquisar a história da bebida – com dois livros sobre o assunto, tornou-se um verdadeiro especialista na relação de Thomas Jefferson com a viticultura. Mas é de Glaber também uma das obras fundamentais para quem precisa de informações e quer montar uma biblioteca criteriosa sobre vinhos. Em (Bacchus Press/1985), ele produziu cerca de 3.200 entradas Wine into Words bibliográficas, em levantamento abrangente no tempo e nas abordagens. Num dos primeiros "verbetes", indicações de documentos e panfletos sobre o rumoroso caso Alderman Abell, o negociante inglês que nos anos 1641/42 tentou monopolizar ilegalmente o comércio na Inglaterra sob as barbas de Charles I. Glaber, lista não só livros, mas guias, compêndios, manuais técnicos e até mesmo "propaganda" de vinícolas com informações de valor histórico. Em "meditações" de 1897, o americano George H. Ellwanger queria provar que os ingleses sofriam menos da gota e viviam mais por causa dos vinhos maduros que consumiam.

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