sexta-feira, 23 de maio de 2014

Brinde com espumante do Brasil, dica de Spurrier.

A declaração de Steven Spurrier, com todas as letras, de que o Brasil faz o melhor vinho espumante do hemisfério sul, está sendo muito festejada pelos vitivinicultores brasileiros. Tim-tim ! O crítico e jornalista inglês foi além: diz que o país terá um papel de relevância na produção da bebida e está apta para atender à demanda mundial em ascensão. " Vocês (brasileiros) não precisam de Champagne; têm seus próprios espumantes para beber". Spurrier participou, no final de abril, em São Paulo, do encontro Panorama dos Espumantes do Hemisfério Sul, organizado pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), entidade que tem contribuído de maneira expressiva para o fortalecimento de toda cadeia produtiva do vinho nacional. O jornalista comandou uma degustação às cegas com 21 amostras de espumantes do Brasil, Argentina, Chile, África do Sul, Austrália e Nova Zelândia. Na contabilização das preferências do júri especializado, o Brasil ficou com duas das três amostras do grupo de espumantes vinificados pelo método Charmat. E repetiu o resultado na categoria pelo método tradicional. A Nova Zelândia também compartilhou a preferência do time de jurados. Os rótulos brasileiros com mais indicações foram o Giacomin Brut, da Vinícola Giacomin, e o Cordelier Brut, da Fante Indústria de Bebidas. Da Nova Zelândia, destaque para o Sparkling Brut Sileni, da Sileni State. Na categoria espumante tradicional, os vinhos mais agradaram foram Miolo Millesime, da Miolo Wine Group, o Cave Geisse Blanc de Blanc, da Vinícola Geisse, e o Miru Miru, da neozelandesa Hunter's Wines. "Mesmo com poucas amostras, esse painel provou que os espumantes brasileiros têm qualidade, são competitivos em preço e tem potencial de conquistar novos consumidores tanto no país como no exterior", disse Spurrier. Ele lembrou, por exemplo, que o consumo de espumantes no Reino Unido cresceu nada menos do que 25% nos últimos cinco anos. A fama internacional de Spurrier tem a ver com a célebre e surpreendente degustação às cegas de vinhos tintos e brancos, franceses e californianos, em Paris, em 1976. O evento entrou para a história da vitivinicultura como Julgamento de Paris e foi eternizado no cinema em Bottle Shock (2008), do diretor Randall Miller. O resultado foi que um Chardonnay e um Cabernet Sauvignon do Vale do Napa, (respectivamente do Château Montelena e da Stag's Leap Wine Cellars) venceram tradicionalíssimos vinhos franceses da Borgonha e de Bordeaux. Estava desenhada uma mudança profunda na vinicultura da Califórnia. Depois de sua experiência no varejo de vinhos, na França, Spurrier voltou para Londres onde passou a realizar consultorias e escrever para a respeitada revista Decanter. Nos últimos anos, o crítico virou vitivinicultor. Num pequeno vinhedo em Dorset, de 3 hectares, com 12.500 videiras de Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier, ele está fazendo seu espumante. Aguardem as primeiras garrafas para 2015. P.S: Conheça todas as amostras degustadas no evento do Ibravin em www.ibravin.org.br VIVINO,SAÚDE! - Primeiro app de vinhos, o Vivino anuncia que fala mais 5 línguas. Além do inglês original, agora há possibilidade de navegação com orientações em português, francês, italiano, espanhol e alemão. No Vivino, basta você fotografar o rótulo de uma garrafa que o site a procura no banco de dados com todas as informações téxcnicas. É possível avaliar cada vinho e compartilhar suas notas. Depois do Vivino, muitos caderninhos de anotações foram aposentados. www.vivino.com A MAÇÃ DE TOM - Tom Wark, o reconhecido blogueiro de Fermentation: The Daily Wine Blog, agora tem um diário virtual (The Cider Journal) para falar exclusivamente da cidra e sua efervescente indústria, com resenhas, calendário de eventos e análise de mercado. www.ciderjournal.com DC de 23 de maio de 2014

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