sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Carménère do Alto Maipo

Desde que a uva Carménère foi "redescoberta" no Chile, há 15 anos, os viticultores tratam de experimentar as possibilidades de expressão da cepa em várias de suas regiões. A pequena e competente vinícola Pérez Cruz faz suas experiências com a Carménère e outra meia dúzia de variedades no Alto Maipo, região até então muito celebrada pela Cabernet Sauvignon. O enólogo Germán Lyon esteve em São Paulo no final de novembro para apresentar cinco vinhos da jovem casa, localizada no Fundo Liguai de Huelquén, 45 km a sudeste de Santiago, rótulos trazidos para o Brasil pela importadora Wine Company. O vale do Colchágua já foi aprovado como terroir da Carménère, com vinhos bem avaliados. O Alto Maipo é área em franco desenvolvimento para a cepa. É onde a Pérez Cruz tem uma das bodegas mais bonitas do Chile. Durante muitas décadas, o país teve sua Carménère tratada como Merlot, até que o ampelógrafo francês Jean Michel Bourisiquot identificasse a "a cepa perdida de Bordeaux". O Chile, protegido pela Cordilheira dos Andes, o Pacífico, Atacama e Antárdida, foi o único país do mundo a escapar do flagelo da Phylloxera que devastou vinhedos na França do século XIX. A Carménère dizimada no Velho Mundo estava escondida no Chile, encontrada por Bourisiquot em Viña Carmen, no Alto Jahuel.

www.PerezCruz.com

www.WineCompany.com.br

DC de 4 de dezembro de 2009

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