segunda-feira, 19 de abril de 2010

Châteaux futuristas

A arquitetura moderna tem invadido vinícolas de todo mundo, criando com seus traços ousados mais possibilidades para uma educação dos sentidos. Se ao degustar um bom vinho a estética deve entrar em cena, como advoga o filósofo hedonista Michael Onfray, imagine o quanto as sensações têm sido ampliadas num ambiente onde mais elementos da criatividade e inteligência do homem mostram sua beleza. Quando o arquiteto novaiorquino Steven Hall plantou o seu Loisium em um cenário para lá de bucólico, de vinhedos e igrejinhas barrocas, em Langenlois, na maior região vinícola da Áustria, mostrava que no seu espaço também poderia haver uma alma. Decerto não a dos heurigen, tavernas familiares onde vinho jovem é servido de maneira simples, principalmente nos arredores de Viena. Mas de uma outra alma, ligada aos prazeres do vinho inserido em ambiente arquitetônico pensado especialmente para ele. Em Elciego (Álava), na Espanha, o arquiteto canadense Frank O. Gehry, o mesmo do Museu Guggenheim de Bilbao, ergueu um novo edifício para os herdeiros da célebre bodega espanhola Marqués de Riscal. O prédio faz parte de um conjunto batizado de Ciudad Del Vino, um centro de degustação de vinhos, que integra a antiga bodega de Marqués de Riscal, de 1858, a mais antiga da Rioja. A empresa aposta no poder de atração do seu “château do século XXI”. Como o museu de Bilbao, o edifício de O. Gehry é recoberto de titânio, mas desta feita com cores ligadas aos vinhos, chapas rosadas para o tinto, cor de ouro das garrafas da bodega e prata da cápsula das botellas.

http://www.marquesderiscal.com/index.php

http://www.loisium.at/

DC de 16/04/2010

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