Vinicultores de Creta fazem vinhos tal um sherry cor de âmbar que os especialistas acreditam ser iguais àqueles produzidos na Idade Média. Garrafas que enriqueceram mercadores venezianos e saciaram nobres ingleses. Outros apostam na similaridade com os Malvasia guardados em jarras de terracota no palácio do rei Minos, em Cnossos. Uma realidade da Idade do Bronze que veio à tona graças às escavações do polêmico arqueólogo britânico Arthur Evans. Trata-se de um revival, para usar a expressão do jornalista americano Gerald Asher, que num tour pela ilha provou um fortificado (quase um "confit de uvas") de Sitia, uma área demarcada como Archanes, Dafnes e Peza, onde os vinhedos estão protegidos dos ventos quentes da África por uma barreira montanhosa. Das cepas particulares (Kotsifali, Mandilaria, Liatiko e Vilana) saem também brancos frutados e tintos encorpados. A tradição vinícola em Creta tem mais de 5.000 anos. A poderosa ilha cantada por Homero tem sua ligação com o vinho colorida pela mitologia. Nikos Kazantzakis, escritor da Grécia moderna, romanceou a rotina da civilização minoana no livro No Palácio do Rei Minos (Marco Zero, 1986). As taças cheias de vinho pontuavam os momentos de êxtase religioso. Num ambiente assim a princesa Ariadne, com seu novelo-guia, ajudou o príncipe Teseu de Atenas a encontrar a saída do labirinto que o arquiteto Dédalo construiu no subsolo de Cnossos. Isso depois da luta vitoriosa contra o minotauro. Dionísio, Deus do Vinho, desposou Ariadne durante viagem de barco da Ásia à Europa, na qual se deu a propagação da vitis vinifera.
http://www.greekwinemakers.com/czone/regions/crete.shtml
http://www.culture.gr/2/21/211/21123a/e211wa03.html
DC 16/2/2007
segunda-feira, 30 de julho de 2007
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