quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Vinísfera.com: o México se move.

Um editorial de Carlos Valenzuela, um dos criadores da revista mexicana Vinísfera, ao lado de Marcos Martínez, aponta para um novo ciclo da publicação, que deixa de ser editada em papel e ganha vida na internet. A aposta é no site Vinísfera.com, com anseios renovados: tirar a solenidade exagerada do vinho para que a bebida possa alcançar o paladar de mais mexicanos e, agora, de internautas do mundo inteiro. Valenzuela usa como mote da mudança a frase inscrita no Nautilus de Julio Verne, em Vinte Mil Léguas Submarinas: 'Mobilis in Mobili' (Movendo-se dentro de um meio em movimento). Quer ampliar o leque de temas e aproveitar a instantaneidade dos novos meios de comunicação. Aposta em "frescor" das notícias sobre vinhos. Desde seu primeiro número, Vinísfera, engendrada em Guadalajara, explorou alguns interessantes paradoxos. Por exemplo: como a região pioneira no cultivo das videiras na América Latina se distanciou tanto da cultura do vinho? Reportagens mostraram que o México retoma a tradição vinícola, principalmente através da informação e do consumo, que tem crescido a uma média de 12% ao ano. Trinta por cento dos vinhos bebidos no país já são locais; o restante importado principalmente do Chile e da Espanha. O aumento da procura anima produtores, que já cuidam de vinhedos em áreas de Querétaro, Zacatecas e Aguascalientes. Esperemos que a concepção gráfica arrojada da Vinísfera de papel contamine o site. A Vinísfera sem o "ponto com" não tinha medo de incluir entre suas páginas de vinhos, bons textos sobre música e arte contemporâneas.

http://www.vinisfera.com/revista/

DC de 11 de dezembro de 2009

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Carménère do Alto Maipo

Desde que a uva Carménère foi "redescoberta" no Chile, há 15 anos, os viticultores tratam de experimentar as possibilidades de expressão da cepa em várias de suas regiões. A pequena e competente vinícola Pérez Cruz faz suas experiências com a Carménère e outra meia dúzia de variedades no Alto Maipo, região até então muito celebrada pela Cabernet Sauvignon. O enólogo Germán Lyon esteve em São Paulo no final de novembro para apresentar cinco vinhos da jovem casa, localizada no Fundo Liguai de Huelquén, 45 km a sudeste de Santiago, rótulos trazidos para o Brasil pela importadora Wine Company. O vale do Colchágua já foi aprovado como terroir da Carménère, com vinhos bem avaliados. O Alto Maipo é área em franco desenvolvimento para a cepa. É onde a Pérez Cruz tem uma das bodegas mais bonitas do Chile. Durante muitas décadas, o país teve sua Carménère tratada como Merlot, até que o ampelógrafo francês Jean Michel Bourisiquot identificasse a "a cepa perdida de Bordeaux". O Chile, protegido pela Cordilheira dos Andes, o Pacífico, Atacama e Antárdida, foi o único país do mundo a escapar do flagelo da Phylloxera que devastou vinhedos na França do século XIX. A Carménère dizimada no Velho Mundo estava escondida no Chile, encontrada por Bourisiquot em Viña Carmen, no Alto Jahuel.

www.PerezCruz.com

www.WineCompany.com.br

DC de 4 de dezembro de 2009

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Um difícil mapa da Itália

A De Long é uma empresa britânica especializada em mapas e gadgets do mundo do vinho. A tabela-pôster das variedades de uvas é um best-seller. Eles também são especialistas em mapas das regiões vitivinícolas de todo globo. Pois não é que essa empresa teve de adiar o lançamento do mapa atualizado da Itália, previsto para dezembro deste ano, por causa da confusione de uma aparentemente inextricável teia de regiões. No fundo no fundo, o italiano ainda pensa em suas cidades como as antigas cidades-estado, cada uma merecedora de um orgulhoso mapa próprio – países com fronteiras nada virtuais que sobrevivem à Itália unificada. E os exemplos são vários. Os redatores da De Long acharam fácil, por exemplo, incluir no novo mapa a Terre dell'Alta Val D'Agri DOC (Denominazione di Origine Controllata), desde 2003 credenciada como região vinícola na Basilicata. Difícil mesmo foi entender o documento que define a Riviera Del Brenta DOC. Segue parte de um hilário documento (melhor ainda em italiano), reproduzido no blog da De Long.
Tale zona è così delimitata: partendo da via Valmarana in comune di Noventa Padovana all’intersezione della autostrada A 4 Serenissima, la delimitazione prosegue lungo questa strada verso est fino al semaforo, ove gira a destra verso il centro di Noventa Padovana lungo la via Roma; superato il ponte sul canale Piovevo il confine gira a sinistra lungo l’argine in via Argine Destro Piovevo per poi proseguire su strada bianca mentre il canale Piovevo delimita il territorio verso est fino a raggiungere il confine amministrativo tra Padova e Venezia. Da questo punto la delimitazione è rappresentata da tale confine fino all’ incrocio con la strada provinciale Vigonovese e percorre questa in direzione sinistra verso Villatora di Saonara lungo via III Novembre, alla fine della quale il confine svolta a destra in via XX Settembre e quindi a sinistra in via Mazzini fino al semaforo. A questo incrocio, girando a sinistra in direzione Saonara, si percorre la strada dei Vivai per uscire al primo svincolo a destra in direzione Legnaro e quindi a sinistra in direzione Sant’Angelo di Piove di Sacco lungo via Morosini. Allo stop la delimitazione gira a sinistra per entrare a Saonara in via Roma per poi proseguire diritta per la strada che diventerà prima via Valmarana e poi via Caovilla ed entrare quindi nel comune di Sant’Angelo di Piove di Sacco attraversando via Roma prima e via IV Novembre poi. Superato il centro di sant’Angelo di Piove di Sacco, in corrispondenza di una curva a gomito a sinistra di via IV Novembre, il confine gira a destra proseguendo fino al semaforo che incrocia la strada provinciale n. 12. Da qui gira a destra in direzione di Piove di Sacco lungo la via Alto Adige che successivamente diventa via Scardovara, per girare quindi a sinistra in via T. Vecellio, che percorre interamente fino al comune di Campolongo Maggiore da dove, all’intersezione con via Righe, gira a destra in direzione Corte. Oltrepassa quindi la ferrovia e prosegue fino al semaforo in centro del paese di Corte, da dove gira a sinistra per arrivare al fiume Brenta e oltrepassato il ponte, gira a sinistra in via Sampieri e quindi subito a destra in via Fiumazzo.Questa viene percorsa costeggiando l’argine, sino al confine provinciale tra Padova e Venezia da dove parte, sulla destra, il canale Cavaizza che rappresenta il limite sud-est del territorio delimitato, fino ad arrivare sulla strada statale n. 309 Romea. Il confine territoriale prosegue quindi verso nord lungo la strada statale Romea in direzione Venezia, fino al canale Seriosa (Km. 122,100), per girare a sinistra al semaforo, per via La Seriosa Veneta Sinistra verso località Casona; quindi attraversa il canale per proseguire lungo via Sabbiosa ... E assim vai o documento de identificação da Riviera Del Brenta DOC, com mais alguns detalhes.

http://www.delongwine.com/news/2009/11/23/the-making-of-an-italian-wine-map/

DC de 27 de Nov. de 2009